Fim e começo de mais um ciclo anual. No ano anterior fizemos muitas promessas e planos, tínhamos muitos sonhos para realizar. Talvez, conseguimos realizar muitos sonhos e alcançar muitas metas. No entanto, agora o que nos consome são as ansiedades e medos provenientes das incertezas que nos aguardam neste ano que se inicia. Novas promessas, novos sonhos, novas metas e muitos planos para este ano. Todavia, o que faremos neste para que ele seja diferente? Se queremos tudo novo, precisamos ter novas posturas e atitudes, a fim de obtermos novos resultados.
Assim
como foi em 2014, em 2015 não faltarão oportunidades de superarmos dificuldades
e de vencermos desafios. Também não nos faltarão oportunidades de sermos
melhores humanos em tudo que fizermos. Se queremos que os outros sejam
diferentes, sejamos diferentes! Queremos mais amor? Doemos mais amor, sem
reservas, sem limites, sem esperar nada em troca. Queremos ser perdoados?
Sejamos perdoadores, reconhecendo que também somos falhos, imperfeitos e
limitados. Implantemos o reino do bem por onde passarmos, sendo gente do bem,
gente que cria um ambiente harmonioso e acolhedor. Se queremos paz, do mesmo
modo, sejamos gente que promove a paz, gente que reconcilia.
Acho
interessante os muitos ritos religiosos para abençoar o ano que se inicia, tem
muitos que até rotulam o ano com o que desejam: ano da vitória, ano de muitas
conquistas, etc. Entretanto, se queremos um ano novo abençoado, precisamos ser
bênção para o nosso semelhante e viver com mais leveza, com menos pressão e
consequentemente menos cobrança.
Hoje, compartilhei o seguinte versículo: “Não fiquem lembrando o que aconteceu no
passado; não continuem pensando nas coisas que fiz há muito tempo. Vejam, estou
fazendo uma coisa completamente nova, algo que já comecei a realizar; será que
vocês ainda não perceberam? Vou abrir uma grande estrada no deserto, e no meio
da terra seca farei correr riachos!” (Is 43:18,19 – Bíblia Viva). Diante
deste texto, podemos fazer muitas perguntas, mas quero fazer apenas duas. A
primeira pode ser: o que é o deserto? É um lugar onde conhecemos o Senhor não
só de ouvir falar, mas de modo experiencial, também é um lugar de silêncio,
reflexão, contemplação da vida, lugar de vencer as tentações, de transformações
e de conhecer os nossos limites. A partir daqui, podemos fazer a segunda
pergunta: e depois do deserto, o que vem? Não saímos do deserto como entramos!
Depois do deserto vem amadurecimento, passamos a desenvolver o caráter de
Cristo, nos tornamos mais compreensíveis com sentimentos mais nobres, somos
gratos pela vida e temos conhecimento da fidelidade e amor divino.
Desfrutar
de um novo ano de fato, é esquecer do que passou no sentido de não ficar se
culpando pelo que passou. Devemos sim, olhar para trás e ver onde caímos, para
não cairmos no mesmo lugar. Também não é saudável ficar com um pensamento
saudoso pelo que o Pai já fez, pois o que Ele fez não se compara ao que ainda
fará, não somos obras completas, Ele ainda está trabalhando em nós, Ele está
formando em nós o caráter de Seu Filho. O que o Senhor fará em nós e através de
nós é algo novo, por isto, precisamos confiar que Ele já começou. Busquemos a
sensibilidade para perceber o Seu terno e singelo agir. O deserto não nos
matará, Jesus é o nosso alimento! Firmados nEle, que é o Caminho, prossigamos
aprendendo com Ele que não nos abandona nunca e faz brotar rios mesmo em meio a
sequidão existencial, porém esses rios fluem do nosso interior, ou seja, tudo
está na essência que temos, que está em nós, o que somos.
Portanto,
que este seja um ano que nos esforcemos ainda mais, enquanto discípulos de Cristo,
a fim de que nEle sejamos aperfeiçoados. O ano será novo se formos novos, um
novo olhar, um novo agir, um novo sentir. Tenhamos nova postura, sejamos quem
realmente somos nEle e não o que mostramos ser. Afinal, o que importa não é o
que temos e sim o que somos. Não serão poucas as oportunidades, aproveitemos
uma a uma fazendo do cotidiano um laboratório de aprimoramentos, onde o
principal elemento da alquimia é o Amor.
NEle, que sempre nos proporciona a graça de
viver!
Daniel Lima – Um
discípulo no Caminho
Brasília-DF
Se queremos tudo novo, precisamos ter novas posturas e atitudes, a fim de obtermos novos resultados.
ResponderExcluirFantástico isso.
Parafraseando: é um tipo de loucura, achar que teremos resultados diferentes, fazendo a mesma coisa.
Parabéns pelo texto.
Douglas Elle